quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Amor da Prima Vera

Quando pequena fui abandonada por uma coisa que se chama esperança. Esperança de ter você pra mim, assim, bem devagarinho, pois o amor não tem pressa.
A pressa é inimiga da perfeição e a perfeição não vive no amor, pelo menos não no meu, perde toda a graça, todo a linda história. Eu gosto do que me faz rir, do que tem adrenalina, do que foi e não é mais, mas se eu desejar será de novo e pra sempre.
Eu gosto de você por inteiro, gosto assim, doce e amargo, terrível e gentil. Gosto das estações, das direções do vento, e gosto de saber sobre você.
Acabo chegando ao incrível e me deixo levar pelo natural da questão, porém você é a minha resposta.
Aquilo que eu amo é aquilo que eu sou. Eu sou você, ela, ele, sou a flor, a bolha de sabão, o arabesco do meu quarto, sou dele e dela e nem um pouco sua.
Eu gosto do amor de verão, de doce de leite, de laranja, de unhas coloridas, de coisas antigas, eu gosto da primavera e das borboletas que enfeitam ela, eu gosto do simples da vida, sorte a sua ser complicado demais, assim eu nunca vou gostar de você, e grande sorte, pois se eu te gostasse iria te costurar com linha azul celeste no meu peito, dentro de mim bem lá no fundo, pra você saber que teria que me retalhar pra poder fugir do meu amor. E esse meu amor voltou para mim, e eu o darei para quem fizer a serenata de queijo com goiabada e puder morrer de amor.