terça-feira, 25 de maio de 2010

Quando Você Desliga



As lembranças antigas se tornam tão embaçadas que dão impressão de sonho ou de filme, acabo confundindo o real com o sonho, e o sonho com o real. Não sei mais o que vivi de verdade ou o que sonhei.
Meus sonhos são tão concretos que parece que é de propósito pra me confundir.
Tenho a impressão de que tudo que acontece neles é tudo que eu gostaria que acontecesse, o lugar que eu gostaria de estar, a pessoa que eu gostaria de abraçar.
Sonhar é literalmente uma viagem para o seu lugar preferido, com as pessoas que você mais gosta (ou não), o poder de voar é alucinante, o emoção do filme de ação faz seu coração bater rápido e te faz acordar assustado porque todos estão querendo te matar.
Às vezes acordo e continuo com medo, porque meu corpo astral deve continuar acionado inconscientemente, mesmo eu não precisando mais dele. Pra falar a verdade, todo dia eu preciso dele, porque o que seria de mim se não pudesse viajar para o paraíso e viver emoções que não seriam possíveis no mundo em que vivemos. Todos deveríamos ter o poder de fazer nossas malas e nos mudar ao mundo dos sonhos, onde as coisas acontecem intensamente.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Coitado! Abandonado, cansado e com sono, assim como a minha vida por esses dias. Sem esquecer de citar a dor de cabeça, mais não sei se blogs sentem dor de cabeça.
Voltarei assim que acabar a tortura, talvez semana que vem, ou a que vem depois da que vem.
Um Beijo

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Com ou Sem Defeito



Tento me esconder, desprender, me virar pra saber
Se vou saber viver de outro jeito.
Sei que é difícil acreditar
Como alguém pode mudar constantemente.
A nossa mente não consegue registrar se é o certo ou errado.
Se é de frente ou de lado
Esse jeito com ou sem defeito.
Sabe eu não sei me controlar
Se eu errar pode deixar
Uma hora eu vou fazer direito.
Tenho uma vida pra desenhar, muitas flores pra colher,
Se você quiser também
É só me dizer... É só me dizer

sábado, 8 de maio de 2010

Amores


A cada dia descubro mais um pouco de mim, novos hobbies, novos sonhos, novos amores, cores, profissões, e até mesmo humores.
Tudo que eu leio eu acabo gostando, não sei se é porque é uma analise mais profunda sobre determinada coisa, ou se é porque eu sempre acabo pesquisando muito mais sobre o assunto, e acabo me apaixonando por ele. Isso acontece tantas vezes que hoje eu não lembro qual foi a primeira coisa que eu amei, nem a segunda, muito menos a terceira, a penúltima eu tenho uma vaga lembrança. Fico triste ao saber que ‘joguei fora’ alguns dos meus amores; acho que eles se vão porque eu me entrego completamente ao super interessante, e eles acabam sendo deixados de lado.
Não sei se é a maioria ou a minoria, que continuam ainda sendo amadas por mim, nem que sejam lembradas só de vez em quando, mais ainda continuam aqui, fazendo parte do meu dia.
Percebi que isso acontece porque eu estou descobrindo quem eu sou, estou formando o meu ser, e acho que isso não vai acabar nunca, porque tem tantas coisas infinitas a se aprender, a ler, reler, colocar em prática; não sei até quando vou durar, mais espero poder saber pelo menos a metade de todas as sabedorias existentes.
Eu disse que acho que isso nunca vai acabar, que a cada dia eu vou descobrir outra coisa pra aprender, mais talvez acabe no meu último dia de vida, porque assim não haverá mais dias a se passar, ou talvez até haja. Ainda não sei ao certo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ilusão



Sabe, eu queria que você me contasse mais sobre o seu dia, que me contasse mais sobre a história dos seus olhos tão brilhantes. Que desvendasse pra mim todos os seus medos, as suas expectativas, os seus sonhos na solidão.
A lua me faz lembrar você, tão sozinha, querendo a estrela mais próxima como melhor amiga, sem contar que ela brilha tanto quanto o teu olhar.
Queria te ver agora, neste instante, pra te contar o que me aconteceu hoje, me fez lembrar tanto você, aquelas manchas em toda parte, aquela sensação de que era real, quase um pulo no precipício da ilusão, que pena, a voz não era a mesma. Até que me dei conta que aquilo não era o que eu queria que fosse, não sei nem explicar o que senti, uma sensação estranha, de que te perdi pra sempre, mais que vou te achar em todo canto, quando eu quiser.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Antes.



Tenho saudade da infância, onde a casa da minha vó era meu mundo encantado. Quando ainda se tinha medo dos professores, e que respeitar os mais velhos era o primordial de uma boa educação.
Sinto falta de pular corda com os vizinhos, de apostar corrida de bicicleta, e de quando mãe e pai eram super-heróis e não vilões.
Antes quase ninguém usava celular ou e-mail pra se comunicar, e muito menos se ver por vídeo conferencia, porque quando a saudade batia, um ia à casa do outro fazer sessão cinema com pipoca de panela e tubaína de garrafa.
Achava fantásticos os discos de vinil do meu vô, como uma ‘agulha’ podia reproduzir som? Isso sim era tecnologia.
Sinto falta dos vizinhos felizes, das balas de um centavo, e de como o pão era barato, de poder ficar sem camiseta sem nenhum problema e do banquinho pra alcançar o espelho na hora de escovar os dentes.
Quando eu tinha 7 anos, não via a hora de fazer 8, porque é meu número predileto desde sempre, quando eu tinha 9, eu queria fazer 10, porque era o primeiro número de dois algarismos. Acabei odiando os 13, número feio e dá azar. Quando fiz 14 queria logo os 15 pra ter a festa dos quinze; dos 15 eu queria os 16. Áaaah os 16! Minha idade favorita por ser número par e por poder assistir a maioria dos filmes no cinema. Agora tenho quase 18, e não sei se quero que chegue logo, porque percebi que crescer é ruim.
Você não é mais tão paparicada, e sim cobrada, você não pode mais não estar nem ai pra vida e brincar de casinha o dia inteiro, porque você tem que ser uma pessoa responsável pra se tornar um adulto responsável.
Mais você pode enxergar a vida, o mundo e as pessoas com outros olhos, e pode ter certeza que isso não é uma coisa boa, você percebe que acabou toda a mágica e inocência.
E não foi só você que cresceu, todos cresceram junto com você. E ai que está a pior parte, porque mesmo que você volte a ser criança em alguns momentos, algumas pessoas não podem mais voltar a infância, porque a sua maturidade excessiva não permite.
E as pessoas mudam tanto com o passar dos anos, encontram novas pessoas, e você deixa de ser o amigo (a) que ela fazia questão todos os dias pra brincar no quintal, de bater figurinhas, de pular a corda de todos os dias, de subir na velha árvore que nem sei se podia aguentar com todos nós.
Essas pessoas te decepcionam tanto com o novo jeito que encontraram, uma pena que elas não saibam que você as preferia antes.
Agora eu me esqueço dos 16, que era o meu número favorito até agora, e volto a pensar nos meus 0 de idade até o dia que a minha infância chegou ao fim, e percebo que não quero mais crescer.
Agora eu me encontro aqui, sozinha, sem você pra brincar da nossa brincadeira favorita.

Rotina...


Descubri que não gosto mais de iogurt com leite e que agora meu predileto é de maracuja, não gosto mais de azul, mais agora eu comecei a gostar de roxo. Hoje eu gosto de você, mais amanhã eu não vou mais gostar. É assim, eu enjôo rápido de coisas cotidianas e rotineiras, meus olhos se cansam de te ver, meus ouvidos cansam de ouvir sua voz, e ela fica cada dia mais estridente ao pé do ouvido. Meu paladar já não aguenta mais sentir o mesmo sabor. Preciso de coisas novas a cada semana, preciso de um novo quarto, de um novo texto, um novo objetivo, uma nova foto, um novo propósito, novos sonhos, e preciso de você novinho em folha.
Preciso também que você entenda o meu mau-humor e a minha irritação quando você diz qualquer coisa, não é por nada, é que eu já me cansei de você.
Semana que vem, quando você estiver novo, talvez eu possa até te querer de novo; mais não se assuste se domingo de noite tudo se repetir.